sexta-feira, 30 de julho de 2010

[OFF] Um Outro Lado da Ferrari

Quem acompanha o meu blog desde sua criação,sabe o como eu não gosto da Ferrari,mesmo o meu piloto favorito (Kimi Raikkonen) ter corrido por lá por 3 anos. Também não gosto muito de Felipe Massa,nem de Fernando Alonso,dupla de equipe da Escuderia Italiana,mas o que me deixou mais do que aborrecido com ela,mas também com a Fórmula 1 em geral,foi o fato que ocorreu domingo passado no GP da Alemanha,pois Felipe Massa estava em 1º,tinha tudo para ganhar a corrida,mais teve que deixar Fernando Alonso passar,para ganhar a corrida. A culpa não é de Massa nem de Alonso,mais sim da Ferrari,que deu ordens a Felipe deixar Fernando Alonso passar,essa não é nem a primeira e nem a ultima vez que isso acontecerá. O texto a seguir vai falar do caso mais famoso e que destruiu a reputação da Ferrari e da Formula 1,envolvendo Michael Schumacher e Rubens Barrichello,na epoca dupla de pilotos da Escuderia:

"Hoje não, hoje não, hoje sim… hoje sim?!

Quem não se lembra da tragicômica narração do global Cléber Machado na ocasião da marmelada mais escandalosa da história da categoria? Eu me lembro. Vi aquilo com meus próprios olhos no dia 12 de maio de 2002, dia das mães. Ao dar passagem a Michael Schumacher nos metros finais do GP da Áustria de 2002, Rubens Barrichello escancarou ao mundo o que ele significava para a Ferrari: uma engrenagem. Assim como a faxineira, o aprendiz de mecânico e o massagista, ficou claro que Barrichello trabalhava quieto para Schumacher.

O dramático da história é que Rubens fez um fim de semana perfeito até aquele momento. Havia liderado o primeiro treino livre e o warm-up. Havia feito a pole-position com um tempo seis décimos mais rápido que o de Schumacher. Havia liderado a corrida de ponta a ponta. Diante disso, nenhuma outra pessoa naquele dia merecia vencer. Mas a Ferrari não pensava assim.

Havia acontecido algo parecido no ano anterior. Barrichello e Jean Todt, na época diretor “esportivo” da equipe, discutiram calorosamente via rádio nas últimas voltas e o brasileiro foi obrigado a ceder sua segunda posição a Schumacher a fórceps. Em 2002, no entanto, a ordem veio na última volta de maneira sutil e sucinta, assim como a reação de Barrichello:

- Rubens, pode deixar Schumacher passar?
- Sim, mas vocês têm certeza de que é isso que querem?
- Sim, temos.
- O Michael já sabe disso?
- Sim, sabe.
- Então, tá.


Na linha de chegada, Barrichello reduziu e Schumacher venceu a corrida. Todos no autódromo vaiaram. O mundo se indignou. Muitos decretaram a morte da Fórmula 1 ali, naquele isolado circuito austríaco de A1-Ring. O que se seguiu nos momentos seguintes foi o vexame. Ralf Schumacher, irmão de Michael e quarto colocado naquela corrida, fez uma careta que misturava pena e vergonha alheia da dupla ferrarista. No pódio, o constrangido Schumacher entregou seu troféu a Barrichello, além de pedir ao brasileiro para subir no degrau mais alto.

Como punição, a Ferrari teve de pagar 1 milhão de dólares e só. Uma merreca que pode ser justificada pela forte influência exercida pela equipe italiana nos homens da FIA. As reputações da Ferrari, de Schumacher, de Barrichello e da própria Fórmula 1 foram seriamente afetadas por esse episódio. Muitos disseram que Schumacher, com todo o seu poder de influência, poderia ter evitado a situação. Afinal de contas, havia ainda onze etapas pela frente e ele já tinha chegado a A1-Ring com 21 pontos de vantagem sobre Juan Pablo Montoya. A Ferrari argumentou que tudo podia acontecer e esses pontos poderiam fazer falta no fim do ano.

Não fizeram. E o esporte ficou maculado para sempre."



Fonte do Texto: Blog Bandeira Verde

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